Entre setembro de 2024 e março de 2025, imagens de satélite mostraram a Antártida passando pelo seu ciclo anual de ganho e perda de gelo, mas com um agravante: o derretimento foi tão intenso que, em março, o continente registrou um dos menores níveis de gelo já observados desde o início do monitoramento por satélites, com apenas 1,98 milhão de km² de extensão.
A mudança não se resume à perda de gelo.
Estudos indicam que, desde os anos 1980, a vegetação aumentou mais de dez vezes em algumas regiões.
É pouco em termos absolutos, mas serve de alerta: o clima na região está esquentando em ritmo acelerado.
A Antártida é um dos pontos do planeta que mais sentem os efeitos do aquecimento global.
Menos gelo no polo sul significa mais calor retido na Terra, oceanos mais quentes, mudanças nas correntes marítimas e alterações no regime de chuvas e secas em diferentes partes do mundo.
Esses impactos não ficam restritos ao extremo sul.
Especialistas alertam que as mudanças na Antártida podem influenciar diretamente o clima no Brasil, afetando a frequência de eventos extremos, como ondas de calor, temporais e estiagens prolongadas.
Para cientistas, evitar que o cenário piore depende de ações urgentes: cortar emissões de gases de efeito estufa, expandir o uso de energia limpa e proteger ecossistemas capazes de absorver carbono, como florestas e áreas alagadas.
G1