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Superluas, eclipses e mais de 100 meteoros por hora: veja o que esperar do céu até o fim do ano
Por Administrador
Publicado em 05/09/2025 12:24
Ciência e Saúde

De setembro a dezembro, o calendário astronômico de 2025 ainda reserva uma série de eventos marcantes para quem gosta de observar o céu.

Nem todos poderão ser vistos do Brasil, mas alguns deles prometem um espetáculo à parte (e a olho nu!) para quem tiver paciência, junto com um pouco de sorte com o tempo limpo.

Já nesta semana, entre os dias 7 e 8, um eclipse lunar total vai poder ser visto por espectadores sortudos do leste da África, Ásia e Austrália.

Nesse tipo de fenômeno, a Lua adquire uma coloração avermelhada, conhecida como “lua de sangue” (entenda mais abaixo). O evento será um dos mais longos do ano, mas não poderá ser observado do Brasil.

No mapa abaixo fornecido pela Nasa, a agência espacial norte-americama, é possível ver os países que terão a oportunidade de ver o eclipse.

Os tons mais escuros, como está parte do continente americano, indicam os locais em que o eclipse não será visível. Já o cinza mais claro mostra a região onde será difícil observá-lo, visto que o fenômeno acontecerá perto do nascimento da Lua.

Por fim, as cores brancas mostram onde todo o eclipse poderá ser observado, se as condições climáticas forem favoráveis, claro.

Visibilidade do eclipse lunar total de setembro. — Foto: NASA

Visibilidade do eclipse lunar total de setembro. — Foto: NASA

Justamente por causa disso, o Observatório Nacional (ON) transmitirá o eclipse lunar na íntegra, que terá ao todo uma duração da sua fase total de 1 hora e 22 minutos.

Já no dia 21, será a vez de um eclipse solar parcial, visível em partes da Austrália, do Pacífico e da Antártida - e também fora do alcance dos céus brasileiros.

Outubro, porém, vai trazer um cenário mais favorável. No dia 6, acontece a primeira superlua do ano, quando o nosso satélite natural se aproxima mais da Terra e aparece maior e mais brilhante.

Ainda no mesmo mês, duas chuvas de meteoros devem chamar atenção: as Dracônidas, em 8 de outubro, e as Oriônidas, em 22 de outubro. Ambas podem render bons registros, especialmente em locais afastados da poluição luminosa.

Em novembro, o céu reserva mais uma superlua (dia 5) e a tradicional chuva de meteoros Leônidas, entre 16 e 17.

 Segundo astrônomos, essa não costuma ser a mais intensa do calendário, mas pode produzir rastros luminosos visíveis na madrugada.

Já dezembro vai estar repleto de eventos. No dia 4, ocorre a última superlua do ano. Poucos dias depois, entre 12 e 13, chega o pico da chuva de meteoros Geminídeos, considerada uma das mais confiáveis e impressionantes do calendário astronômico.

Nessa ocasião, será possível observar mais de 100 meteoros por hora, desde que o céu esteja limpo e a observação seja feita em locais com pouca iluminação artificial.

Para especialistas, os Geminídeos são a grande atração de 2025, tanto pela intensidade quanto pela beleza dos rastros que cruzam o firmamento.

Veja mais abaixo as datas dos próximos fenômenos:

Eclipses
 7-8 de setembro - Eclipse lunar total (não visível no Brasil)
 21 de setembro - Eclipse solar parcial (não visível no Brasil)

Em 2025, teremos ao todo 2 eclipses solares: todos parciais (quando a Lua bloqueia apenas uma parte da luz do Sol). Um ocorreu em 29 de março e o próximo vai ser dia 21 de setembro.

Atenção: um eclipse solar só pode ser observado com um filtro especial ou olhando para o reflexo do Sol.

No de 29 de março, apenas alguns países da Europa, Ásia, África, América do Norte e América do Sul conseguiram observar o fenômeno. Já o do dia 21 de setembro passará por partes da Austrália, do Pacífico e da Antártida.

Já os eclipses lunares também serão 2: um total que ocorreu entre 13 e 14 de março (foi visível em todo o país) e outro parcial entre os dias 7 e 8 de setembro (não visível no Brasil).

O eclipse total também é conhecido como "Lua de Sangue", e ocorre quando o Sol, a Terra e Lua se alinham e a Lua passa pela na sombra da Terra. Quando o evento chega em sua totalidade, e a sombra encobre completamente o disco lunar, fazendo com que a Lua fique avermelhada, isso porque não teremos a incidência direta da luz do Sol no nosso satélite natural.

Para observar o eclipse, nenhum equipamento especial é necessário, podendo ser visto a olho nu. Contudo, o uso de binóculos ou de um telescópio pode melhorar a visão e a intensidade da cor vermelha, explica a Nasa, a agência espacial norte-americana.

Chuvas de meteoro 

As chuvas de meteoro mais relevantes do ano acontecerão nas seguintes datas, segundo o Observatório Real de Greenwich:

Dracônidas: ativa de 6 de outubro de 2025 a 10 de outubro de 2025 (pico para visualização do fenômeno: 8 de outubro). Pico de meteoros por hora: 10.
Oriônidas: ativa de 2 de outubro de 2025 a 7 de novembro de 2025 (pico para visualização do fenômeno: 22 de outubro). Pico de meteoros por hora: 15.
Tauridas: ativa de 10 de setembro de 2025 a 20 de novembro de 2025 (pico para visualização do fenômeno: 10 de outubro). Pico de meteoros por hora: 5.
Leônidas: ativa de 6 de novembro de 2025 a 30 de novembro de 2025 (pico para visualização do fenômeno: 17 de novembro). Pico de meteoros por hora: 15.
Geminídeas: ativa de 4 de dezembro de 2025 a 20 de dezembro de 2025 (pico para visualização do fenômeno: 14 de dezembro). Pico de meteoros por hora: 120.
Úrsidas: ativa de 17 de dezembro de 2025 a 26 de dezembro de 2025 (pico para visualização do fenômeno: 22 de dezembro). Pico de meteoros por hora: 10.

Superluas
A superlua se põe ao lado da cúpula de São Pedro, em Roma (Itália), em 15 de novembro de 2024. — Foto: REUTERS/Remo Casilli
A superlua se põe ao lado da cúpula de São Pedro, em Roma (Itália), em 15 de novembro de 2024. — Foto: REUTERS/Remo Casilli

Teremos três superluas em 2025:

 Uma no dia 6 de outubro
 Outra em 5 de novembro
 E mais uma em 4 de dezembro

A "superlua" ocorre na lua cheia perto do perigeu (quando ela está mais próxima da Terra), o que resulta em uma lua cheia ligeiramente maior e mais brilhante do que as demais.

Esse período é chamado de perigeu porque o nosso satélite natural aparece no céu cerca de 14% maior e 30% mais brilhante do que no apogeu (microlua) – quando está mais distante.

Cometas mais brilhantes 

Os cometas são grandes objetos feitos de poeira e gelo que orbitam o Sol. Neste ano, os destaques de observação até o final de 2025 e começo de 2026 ficam com os seguintes astros:

 24P/Schaumasse. Período de visibilidade: de dezembro a janeiro 2026. Mês previsto para brilho máximo: janeiro 2026. Visibilidade: por meio de pequenos telescópios durante a madrugada de dezembro.

210P/Christensen. Período de visibilidade: de outubro a dezembro. Mês previsto para brilho máximo: novembro. Visibilidade: por meio de pequenos telescópios no final da madrugada de novembro.

 

G1

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