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Corpo é achado queimado e polícia suspeita ser de assassino de grávida
02/10/2014 11:13 em Notícias Policias

Um corpo de um homem foi encontrado em Rio Claro (SP) parcialmente carbonizado em um canavial próximo ao bairro de Assistência. A Polícia Civil suspeita que o cadáver seja do assassino que matou uma grávida de 7 meses no último fim de semana. O corpo Verônica de Moraes Gomes, de 20 anos, foi encontrado na tarde de domingo (28) enrolado em um cobertor, escondido no quintal de uma casa, no Jardim Novo, com ferimentos de cortes no pescoço e no rosto.
 
Segundo o delegado Carlos Alberto Schio, uma pessoa que passava por uma estrada próxima ao canavial viu o corpo e acionou a Polícia Militar. Um curativo feito com uma tala na mão esquerda, que estava enfaixada, chamou a atenção da polícia. “O suspeito passou na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da 29, no bairro Estádio, no domingo, por conta do machucado”, relatou o delegado. Um laudo da unidade de saúde divulgado no fim da tarde desta quarta-feira confirmou o atendimento.
 
Schio disse ainda que a ex-mulher do suspeito confirmou, durante interrogatório, que ele estava arranhado e com uma das mãos machucadas. “O crime aconteceu na madrugada de sábado (27), por volta das 5h. Na hora do almoço, ele foi visitar a filha que tem com a ex. Ela o questionou sobre o machucado, mas ele deu a desculpa que tinha caído de bicicleta”, relatou o delegado. “A mulher estava extremamente nervosa no dia, falou que ela era agressivo e que já quis matá-la”, completou.
DNA
O delegado já solicitou ao Instituto Médico Legal (IML) a colheita de material de DNA do corpo encontrado para comparar com o da filha do suspeito. “Vamos enviar para análise na capital, pois somente um laudo conclusivo poderá apontar se ele é realmente o autor do crime. Mas há fortes indícios. O resultado pode demorar mais de 30 dias”, disse o delegado.
 
Para a polícia, a população pode ter feito justiça com as próprias mãos, uma vez que o crime repercutiu na comunidade. O corpo tinha uma perfuração feita com objeto cortante próxima ao pênis e também uma lesão no maxilar, segundo o delegado.
 
“Não se sabe ainda porque a gestante foi morta. A delegada que esteve no local contou que ficou abismada com a cena. O suspeito atingiu a vítima na barriga e quase a degolou. A jovem estava com uma meia na boca, o que indica que ele tentou asfixiá-la. Isso revoltou todo mundo no bairro”, relatou Schio.
 
Amizade
O autor do crime era amigo da jovem, segundo relatou a irmã da vítima, a dona de casa Lucinéia Aparecida de Moraes. Os dois tinham ido a um baile antes do assassinato.
O suspeito alugava um quarto nos fundos de uma residência, na Rua 8. No local foram encontrados a faca usada no crime e os documentos dele.
 
Segundo a família, o suspeito não era o pai da criança. “É revoltante porque ele matou ela e uma criança que nem chegou a vir ao mundo. Ninguém tem o direitro de tirar a vida do outro”, disse a tia Valdinéia Aparecida de Moraes.
O irmão da vítima contou que o suspeito era usuário de drogas e que conhecia Verônica há um ano. Ambos voltavam de um baile acompanhados de uma amiga da jovem. “Cada um foi para a sua casa, mas ele correu atrás da amiga, só que não conseguiu pegar ela. Aí ele foi atrás da minha irmã e a levou para a casa dele. Foi uma crueldade”, disse Gustavo de Moraes Gomes.
Cena do crime
De acordo com a Polícia Militar, o corpo da jovem foi encontrado coberto por telhas e um tapete no quintal. Além dos ferimentos, a mulher estava nua da cintura para baixo e com um pano na boca. Uma faca suja de sangue foi encontrada enrolada em uma camiseta dentro de uma mala. Nela também havia o documento do homem que morava nos fundos da casa.
O proprietário do imóvel, o borracheiro Benedito Silva Ribeiro, disse que ficou assustado com a cena. “Eu cheguei e notei as telhas arrumadas. Aí olhei e vi o corpo enrolado no cobertor e amarrado com uma corda. Em cima havia um tapete sobre um volume. Desconfiei e aí vi o pé dela. Fiquei nervoso e chamei a polícia”, relatou. O borracheiro disse à PM que não via o inquilino há pelo menos dois dias.
 
O corpo da jovem foi enterrado na manhã de segunda-feira (29) em Rio Claro.
 
G1
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