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Capital do Bichinho de Pelúcia tem produção acelerada para o Natal
22/11/2015 15:10 em Notícias Região

Tabatinga  emprega centenas de pessoas nas fábricas de brinquedos. Produção teve início após crise no agronegócio e gera oportunidades.

taba

A produção para o Natal está em ritmo acelerado em Tabatinga, cidade de 15 mil habitantes, considerada a “Capital do Bichinho de Pelúcia”. O trabalho com os brinquedos emprega grande parte da população da cidade. “A produção de bichinho de pelúcia aqui é forte. Muitas mulheres trabalham com pelúcias, é o que sustenta a cidade”, explica o aposentado Sérgio Corregliano.

Quem não trabalha na fabricação dos brinquedos, pelo menos conhece alguém que trabalhe. "Tem amigo, tem gente da família, tem bastante gente. É só falar em Tabatinga que as pessoas comentam sobre o bichinho!’”, contou o analista de dados Fernando da Silva Pedroso.

Nas lojas, não faltam opções. São centenas de tipos de ursinho. A produção de bichos de pelúcia em Tabatinga começou na década de 1990. Hoje, na cidade, existem 40 fábricas que empregam 2.500 pessoas. Um setor importante, que faz diferença na economia do município.

A produção de bichinhos de pelúcia começou depois de uma crise no agronegócio. "Em uma entressafra de laranja, durante uma crise muito forte no setor de citricultura, vários empresários procurando uma alternativa, uma nova atividade econômica, começaram a fabricar bichos de pelúcia, atendendo uma demanda do mercado regional. Esse setor foi ganhando força. Agoora muitas pessoas vêm de várias partes do estado de São Paulo e de todo o Brasil para comprar os produtos em Tabatinga. Com a facilidade dos e-commerces, também esse produto chega facilmente a todo lugar do Brasil”, conta o diretor de planejamento e inovação, Peterson Barleta .

Mudança de vidas
Luciana Stoco trabalha como cortadeira há 11 anos, antes disso, era empregada doméstica. "Isso aqui é a nossa vida. Passa na mão de todo mundo e depois a gente vê o nosso trabalho pronto. Tem que ter dedicação, cuidado, atenção, tem que gostar de fazer o que faz".

Luiz Fernando de Paula Junis é cortador, mas antes era trabalhador rural e também viu a vida mudar por causa dos bichos de pelúcia. "Na lavoura é um serviço puxado. Sacola de laranja não é leve. Sobe escada então é mais arriscado do que o salão de bichinho. "Para gente é a nossa vida né. É fundamental isso aqui. É nosso ganha pão."

A fábrica chega a produzir até 30 mil bichos de pelúcia por mês. Apesar da alta do dólar, que influenciou na produção, já que grande parte da matéria prima é importada, os empresários garantem que pouca coisa mudou. A "Capital Nacional do Bicho de Pelúcia" ainda tem muitas oportunidades para quem quer trabalhar na cidade. (TV TEM)

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