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Calor intenso aumenta risco de fogo em veículos, dizem especialistas
21/12/2018 11:56 em Utilidade Pública

Clima quente pode levar a temperatura interna de um carro parado no sol a passar de 80ºC e risco aumenta se objetos forem deixados nos bancos. Em 13 cidades na região de Bauru, bombeiros já registraram 48 incêndios em carros.

calor

As altas temperaturas registradas no Centro-Oeste Paulista despertaram a suspeita que a “onda” de incêndios em veículos na região pode ter como causa também o clima – e não apenas as famosas “panes elétricas”.

Apenas neste ano, o Corpo de Bombeiros registrou 48 casos de carros que pegaram fogo em 13 municípios da região.

Alguns especialistas, como o físico Demílson Quintão e os próprios bombeiros, alertam que objetos deixados nos interior dos veículos podem se tornar um problema para o donos do carros.

Com um termômetro digital, a reportagem da TV TEM mediu a temperatura interna de um veículo deixado no sol e o resultado é surpreendente. A temperatura no banco traseiro que ficou exposto à radiação solar registrou 82ºC.

Uma garrafa plástica que estava sobre o banco atingiu 55ºC. Para o tenente Vitor Tozzi, do Corpo de Bombeiros, esses números representam um alerta para os motoristas.

"Vidros e garrafas concentram calor. E, numa situação dessas, de calor intenso e num banco em que já está com uma temperatura alta acima de 80ºC, uma concentração de calor pode, sim, originar um incêndio", explicou Tozzi.

O físico Demílson Quintão explica que no caso de garrafas de água o líquido dentro do vidro pode se transformar numa espécie de “lupa”, que concentra os raios solares e o fenômeno pode eventualmente provocar um foco de incêndio.

Além do forte calor, outra causa comum dos incêndios veículos pode ser a falha na manutenção elétrica. O mecânico Israel Trassi explica que é preciso checar a fiação, os cabos da bateria e verificar se nenhum acessório que consome energia foi instalado fora nas normas de segurança.

"A parte de fusível é muito importante. Além disso, a fiação do carro não pode ter nenhum contato com a parte metálica do veículo. A manutenção é essencial”, diz o mecânico. (TVTem)

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